sábado, 21 de abril de 2012

FESTA 54 - sábado, 21 de abril


É o último dia de apresentações do FESTA 54! Pena que está acabando...
Além das apresentações, à noite tem a grande festa de encerramento, com homenagem a Zéllus Machado.
Lembrando que hoje e amanhã rola o 4º Fórum do Interior e Litoral: Artes e Políticas Públicas.

21 DE ABRIL, sábado

15h - LEITURA DRAMÁTICA DO TEXTO “NOVAS DIRETRIZES EM TEMPOS DE PAZ”. De Bosco Brasil.
Atores: Ernani Sequinel e Pedro Norato. 
Diretor e Palestrante: Bruno Fracchia
Local: Bolsa Oficial do Café - Esquina entre as ruas do Comércio e XV de Novembro - Centro

A leitura deste importante texto do teatro brasileiro será seguida de um bate-papo com Bruno Fracchia sobre “Arte, política e pensamento” a partir da obra deste dramaturgo

Debatedores:
Bruno Fracchia: ator e escritor. Formado em Teoria Teatral pela Universidade de São Paulo. Foi aluno de Aguinaldo Silva, Jean-Pierre Sarrazac, Luiz Alberto e Marici Salomão. Um dos criadores de Fina Estampa, novela de Aguinaldo Silva exibida pela Rede Globo, é de sua autoria o estudo acadêmico O registro da solidão na dramaturgia de Bosco Brasil.
Pedro Norato Ator, professor, diretor, produtor e proprietário do Tescom. Formado em Educação Artística e Artes Cênicas pelo Centro Universitário Lusíada, atualmente, integra o elenco de Uma Canção para Otelo, espetáculo do Tescom, com direção da Tanah Côrrea.
Ernani Sequinel: graduado em Artes Visuais (Licenciatura) pela Universidade Santa Cecília, tem sua trajetória como ator ligada a grupos de teatro da Baixada Santista, como o Veritas, o Teatro Experimental de Pesquisas e o Teatro do Pé. Atualmente, faz parte do elenco do espetáculo de rua Farrandança, aulas de Mímica com Luis Louis e é aprendiz do Núcleo de Máscaras da Escola Livre de Teatro de Santo André.

17h - PLUFT, O FANTASMINHA (GRUPO DE TEATRO RENASCER). Mostra Paralela.
Local: Teatro Guarany

Texto teatral de Maria Clara Machado adaptado para uma cena de 18 minutos. O Grupo de Teatro RenasCer foi criado em 2009 dentro do CER Jardim Rio Branco, São Vicente. O CER é um projeto social ligado à Prefeitura de São Vicente por meio da Secretaria de Educação (Seduc). A peça tem direção da monitora de Teatro Daiane Sandra de Jesus.

21h - CANÇÃO PARA OTHELO (TESCOM). Mostra Paralela
Encerramento Oficial do FESTA 54
Local: Teatro Municipal Braz Cubas
*Espetáculo Convidado em homenagem ao ator RICARDO MONTEIRO

Canção para Othello, do Grupo Tescom - foto de Rafael Branco

Othello é líder de uma comunidade de pescadores e de um grupo de maracatu. Apaixonado, vive um romance com a adorável Desdêmona, mas o herói é perseguido por Brabâncio, pai da moça, mestre de uma marujada. Othello luta, ainda, contra as armações do invejoso Thiago.

Ficha Técnica
Direção Geral: Tanah Corrêa
Direção Assistente: Ana Paula Silva
Direção Musical/Trilha Sonora e Preparação Vocal: Rosy Padron
Músicos: Daniel Oliveira, Luciano Rocha e José Antônio Boldrini
Trilha Sonora: Renan Valdez
Direção Maracatu: Felipe Romano
Dança Maracatu: Rafaela do Nascimento
Direção Capoeira: Márcio dos Santos
Coreografia: Tatiane Líbor
Figurino e Cenografia: Waldir Correia
Iluminação: André Cajaíba
Direção de Audiovisual: Dario Félix e Paola Caruso
Operador de Som: Felipe Campbell
Maquiagem/Direção de Produção: Karla Lacerda
Produção Gráfica e Design: Rafael Branco
Fotografia: Denise Braga
Assessoria de Imprensa: Gisela Kodja e Isa Santos
Website: Danilo Diniz
Produção Executiva: Pedro Norato
Produção: Leandro Taveira, Elisabete Fernandes e Alessanda Lanza
Elenco: Marco França, Thassya Stersi, Alex Felix, Marcus Di Bello, Jamili Limma, Tatiane Líbor, Renan Valdez, Vinicius César, Pedro Norato (Brabâncio), Karla Lacerda, Ana Paula Silva, Kátia Baliano, Emanuely Lopes, Annalies Padron, Júlia Lacerda, Sarah Correia, Deborah Braga, Kaylane Souza, Renato Fernandes, Guilherme Zanin, Felippe Alves, Natali Barbosa, Daniel Maia, Ricardo Monteiro [In Memoriam]

23h - FESTA DE ENCERRAMENTO: Pare de reclamar e venha (lutar) "cantar". Quintal da Pagu
Local: Praça dos Andradas

sexta-feira, 20 de abril de 2012

4º Fórum do Interior e Litoral é neste fim de semana


Dentro do Festival Santista de Teatro, a cidade é palco de discussões sobre o fomento à cultura fora da capital paulista, no 4º Fórum do Interior: Artes e Políticas Públicas

O festival de teatro mais antigo em atividade no País sedia um dos mais importantes fóruns de discussão sobre fomento à cultura no estado de São Paulo. Trata-se do 4º Fórum do Interior e Litoral: Artes e Políticas Públicas, que é realizado em Santos neste sábado e domingo, dias 21 e 22 de abril, dentro da programação do FESTA 54 - Festival Santista de Teatro, que neste ano tem como tema “Arte, Política e Pensamento”. O fórum é no Cefas, que fica na Rua Vasco da Gama, 87, no Jabaquara.

O último encontro do Fórum havia sido em Hortolândia, em dezembro do ano passado, e teve como objetivo debater ideias sobre a atual política cultural do estado em relação à formação, pesquisa, produção e difusão cultural, além de apontar alternativas que garantam a continuidade e permanência do artista em sua região.

Na Carta Aberta redigida em Hortolândia, assinada pelos 63 grupos artísticos participantes do encontro, é ressaltada a importância de se evitar o êxodo involuntário dos artistas de suas regiões, e constatado que os avanços e conquistas na produção artística fora da capital não vêm encontrando respaldo nas políticas públicas do estado de São Paulo. Os artistas consideram a necessidade de uma reformulação das ações para essas regiões, que garantam o acesso “verdadeiramente democrático e amplo a programas e verbas públicas estaduais voltadas à formação, produção, circulação e fomento artísticos”.

Entre as reivindicações dos artistas estão a publicação de editais específicos para o interior, litoral e Grande São Paulo; pelo menos 1/3 do orçamento dos editais ProAC para essas regiões; além de reformulação de programas como Mapa Cultural Paulista, Virada Cultural, Circuito Cultural, Oficinas Culturais Regionais e Projeto Ademar Guerra.

Os artistas reunidos no 3º Fórum também pedem a reformulação das ações de formação e capacitação, em três eixos: formação do artista, formação de público e formação do artista gestor e artista produtor. No documento, também foi repudiada a terceirização de programas públicos para entidades não governamentais.

O FESTA 54 - Festival Santista de Teatro é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Santos e Sesc Santos. Mais informações pelo www.festivalsantista.com.br.

Programação

21 de abril, sábado
09:00 - Apresentação dos participantes
10:00 - Plenária - O que somos e como nos organizamos?
15:00 - Apresentação do que foi feito a partir do fórum de Hortolândia / Avaliação/encaminhamentos
16:00 - Ações coletivas que possam auxiliar as lutas regionais
17:00 - Direitos trabalhistas
19:00 - Reunião por cidades ou regiões para conversas mais especificas
21:00 - Apresentação no Teatro Municipal de Santos - Programação de Encerramento do 54º FESTA

22 de abril, domingo
09:00 - Debate Plenária: Arte e Espaço Público
11:00 - Encaminhamentos práticos (novo fórum, estrutura)
14:00 - Redação da Carta do Fórum de Santos

FESTA 54 - Programação de sexta, 20 de abril


Penúltimo dia de apresentações teatrais do FESTA 54! Nos espetáculos, você Paga Quanto Quiser - vale qualquer valor. A programação completa está no www.festivalsantista.com.br. Na barra da direita você confere nosso twitter, facebook e flickr.


11h - OFICINA: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A ÁREA CULTURAL. Com Andréia Pacheco. 
Local: SESC SANTOS (das 11h às 13h e das 15h às 18h).

Andreia Pacheco Silveira é especialista em Gestão de Projetos Culturais e Organização de Eventos pela USP. Tem experiência como consultora-colaboradora da Fundação Padre Beato José de Anchieta, como supervisora de atendimento do Projeto Talentos da Maturidade, do Banco Real, e gestora cultural e consultora estratégica da Dado Macedo Produções Artísticas.

13h - FUTEBOL, NOSSA PAIXÃO: PRA FALAR SOBRE POLÍTICA, FUTEBOL E RELIGIÃO. 
Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela. Mostra de Rua.
Local: Praça Mauá. 
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Futebol, Nossa Paixão: Pra Falar sobre Política, Futebol e Religião,
da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela

A peça aborda a vida de personagens populares moradores de uma favela que são apaixonados por futebol e que têm suas vidas mudadas a partir da vinda da Copa do Mundo de Futebol em 2014, tanto pela expectativa de ver o jogo com seus próprios olhos quanto pelas mudanças que vão ocorrendo no país e na cidade. Estes favelados representando o povo brasileiro fazem de tudo para ver a grande final da Copa do Mundo, mas acabam se deparando com as agruras das injustiças sociais devido ao meio em que estão inseridos.
Em uma adaptação do texto “Corinthians, meu amor” de César Vieira, o Levanta Favela traz uma discussão a respeito da paixão que o povo brasileiro nutre pelo futebol e o choque de interesses que ocorre a partir das conseqüências possíveis geradas por um megaevento do porte da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.

Elenco: Ana Paula Parodi Eberhardt, Danielle Britto Albuquerque da Rosa, Elisa Carbonel, Fátima Poetta Pfingstag, Gildo Joaquim Carvalho dos Santos, Paula Nunes Lages, Robson Reinoso Machado, Sandro Eduardo Marques
Contrarregra: Karitha Soares

21h - O OVO E A GALINHA  (TEATRO DO DESCONHECIDO). Mostra Adulto
Local: Teatro Municipal Braz Cubas
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

O Ovo e a Galinha, do Teatro do Desconhecido - foto de Paulo Preto

O espetáculo “O ovo e a galinha” traz o conto homônimo de Clarice Lispector na íntegra. A peça transforma o narrador em uma mulher que atinge uma espécie de estado zen e iluminado após uma noite de insônia, já à beira do amanhecer. A realidade da personagem se desvanece, se esconde. Sonho, memória e vigília se alternam. Com a realidade suspensa, uma nova percepção surge quando ela vê um ovo.
O Teatro do Desconhecido é um coletivo formado por uma célula central das artistas Angélica di Paula e Vanessa Bruno - atrizes, diretoras, arte-educadoras e produtoras que consideram a mobilidade a principal ferramenta de criação.

Ficha técnica
Texto: Clarice Lispector
Interpretação e Idealização: Angélica Di Paula
Direção: Vanessa Bruno
Preparação Corporal: João Otávio
Iluminação: Lenise Pinheiro
Cenário e Adereços: Maria Fernanda Filardi Ferreira
Trilha Sonora: Edson Secco
Figurino: Eliana Saletti
Videomaker: Cris Lyra
Operação de Luz: Vitor Moreno
Operação de Som: Joana Flor
Operação Audiovisual / Contra-Regrarem: Leandro Xavier
Comunicação: Ô+Sch
Classificação Etária: 14 anos

22h - PELO BURACO DA FECHADURA (CIA OHM). Mostra Paralela
Local: Teatro Guarany

A peça é inspirada na vida e obra de Nelson Rodrigues.

23h - COLETIVO QUERÔ BATUCADA. Quintal da Pagu
Local: Praça dos Andradas

quinta-feira, 19 de abril de 2012

FESTA 54 - quinta, dia 19

A programação completa está no nosso site oficial www.festivalsantista.com.br.
Os espetáculos nos teatros é Pague Quanto Quiser - você escolhe o valor que deseja pagar, inclusive de graça.

11h - OFICINA DE INTERPRETAÇÃO: O PALHAÇO E O JOGO (TRAÇO CIA DE TEATRO).
Local: SESC SANTOS (das 11h às 13h e das 15h às 18h).

A oficina tem como principal foco a experimentação prática. Conceitos relativos a jogo, improvisação, presença cênica e trabalho em grupo serão abordados na medida em que forem vivenciados corporalmente por meio de exercícios.

Por meio de jogos teatrais e interações (ator-ator e ator-espectador) buscamos instigar os participantes a experimentarem o treinamento e postura exigidos para um trabalho na rua, conduzindo-os a um estado de percepção de seus mecanismos geradores de movimento e comicidade.

Cia Traço de Teatro. Fundada no ano de 2001. Em sua trajetória artística, a técnica do palhaço configura-se como principal recurso pedagógico de formação, treinamento e criação. Junto a esta técnica, investigações sobre o teatro de rua e o teatro cômico popular  colaboram à pesquisa cênica da Companhia. Elas instrumentalizam seus artistas para a criação de um repertório pessoal, preparando-os para uma relação livre, direta e potencialmente transformadora para com o público.

15h - O PATO A MORTE E A TULIPA (CIA DE FEITOS). Mostra Infantil.
Local: Teatro Municipal Braz Cubas.
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

O Pato, a Morte e a Tulipa, da Cia de Feitos - foto de Ezyê Moleda

O Pato, a Morte e a Tulipa
Cia de Feitos
São Paulo (SP)

Livre adaptação da obra homônima do escritor alemão Wolf Erlbruch, livro cuja temática é a morte. Quando um pato descobre que a morte o está seguindo, leva um susto, mas logo vê que ela até tem um sorriso amigo, e aos poucos aceita sua companhia. E quem imaginaria que, ao conhecer e se encantar com um pato, a morte perderia a noção do tempo e desfrutaria um pouquinho mais a vida?

Adaptação: Cia de Feitos e Carlos Canhameiro
Direção: Carlos Canhameiro
Elenco: Artur Kon, Denise Cruz, Giscard Luccas, Leandro Ivo
Preparação Corporal: Karina Moraes
Cenário e Figurinos: Márcio Tadeu
Cenotécnico: Carlos Orelha
Costureira: Judite de Lima
Adereços: Cia de Feitos e Luna Vicente
Iluminação: Daniel Gonzalez
Operador de Luz: Rodrigo Bianchini
Operador de Som: Rodrigo Palmieri
Arte Gráfica: Leandro Ivo
Assessoria de Imprensa: Giscard Luccas
Faixa Etária: a partir dos 4 anos

17h - HELENA PEDE PERDÃO E É ESBOFETEADA (TABLADO DE ARRUAR). Mostra de Rua.
Local: Praça Mauá.
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Helena Pede Perdão e é Esbofeteada, do grupo Tablado de Arruar

Com referências de melodrama e telenovela, pitadas de filmes de Pedro Almodóvar e Rainer Werner Fassbinder, passando pelo dramaturgo Bertold Brecht. A peça conta a história de Helena e seu marido Augusto, que têm a casa invadida pela dupla Mary e Jack. Os invasores posteriormente se revelam ativistas políticos, e convencem o casal a fazer parte de suas ações pseudo-terroristas.

Dramaturgia Alexandre Dal Farra
Direção Geral João Otávio
Elenco Alexandra Tavares, Clayton Mariano, Ligia Oliveira e Vitor Vieira
Cantora Joana Flor
Vídeomaker Leila Bana
Direção de Arte Eduardo Climachauska
Maquiagem Carolina Costa
Direção Musical Alexandre Dal Farra
Treinamento de View Points Amanda Lyra
Direção de Produção Tablado de Arruar
Produção Executiva Paulo Arcuri

19h - SALVE-ME (CIA ÁTICA). Mostra Paralela.
Local: Teatro Guarany.

Confinado por trinta e cinco anos em sua existência apática, sem nenhuma pretensão ou mesmo consciência de seus fantasmas, Robert decide colocar suas correspondências e velhos documentos em ordem, buscando livrar-se do excesso de papéis e anotações inúteis. Nosso protagonista é empurrado num buraco negro de recordações e lá toma consciência de que já não era feliz e que tudo o que fizera até este momento não passara da repetição automática de uma roda gigante social: uma verdadeira automação de atitudes e afazeres repetitivos, vazios, sem nenhum significado, sem surpresas ou mudanças que o tornassem
melhor ou mesmo conscientemente vivo. A peça é baseada nos contos de Guy de Maupassant. Site: salvemeteatro.com.

Música: Rodrigo Baso
Direção: Fred Mesquita
Elenco: Messias Carvalho
Classificação Etária: 14 anos

21h - ENCONTRO DE DOIS: AMA-DEUS (TRUP TRIARTE). Mostra Paralela.
Local: Teatro Municipal Braz Cubas.
*Espetáculo convidado pelo trabalho social.

Encontro de Dois: Ama-Deus, da Trup Triarte

Encontro de Dois: Ama-deus
Trup Triarte
Santos (SP)

A música esta ao seu redor você só precisa ouvir... O espetáculo retrata de forma fragmentada a vida e obra do grande compositor Wolfgang Amadeus Mozart. A peça tem um roteiro poético adaptado, onde grande parte do espetáculo foi elaborada especificamente no trabalho da corporeidade, pelo qual o aluno ator possa fazer sentir inconsciente ou conscientemente a forma de percepção aos olhos do público. A escolha da linguagem de pesquisa sobre vida e obra de Mozart se deu pela proximidade de elementos psicológicos, genialidade, espontaneidade e criatividade, que são teorias utilizadas no desenvolvimento das atividades realizadas dentro da Oficina de Teatro da Escola de Educação Especial 30 de Julho. A peça tem participação das bailarinas da Cia Essência da Alma.

Ficha Técnica
Direção: Tina Cruz e Fabiano di Melo
Elenco: Tina Cruz, Fabiano di Melo, Guilherme Cabral, Eduardo Filho, Victor Henrique, Bruno Henrique, Adalberto Andrade, Vitor Amaro, Ricardo Pinheiros, Mateus Figueredo, Joyce Jesus, Paula Barbosa, Bruna Lima, Jaqueline Cabral, Danilo Rodriguinho, Rafhael Peres, Alisson de Sousa, corpo de bailarinas da Cia Essência da Alma
Classificação Etária: Livre

23h - NOITE COLOR. Parceria com Drag Queen Curso. Com DJ Thomas. Quintal da Pagu.
Local: Praça dos Andradas.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

FESTA - quarta, dia 18

A programação completa está no nosso site oficial www.festivalsantista.com.br.
Os espetáculos nos teatros é Pague Quanto Quiser - você escolhe o valor que deseja pagar, inclusive de graça.

18 DE ABRIL, quarta-feira

11h - MESA REDONDA: A IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO AO DESENVOLVIMENTO DE UM PENSAMENTO SOCIAL CRÍTICO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ATOR
Debatedores: José Fernando Azevedo, Lucienne Guedes e Vinícius Torres Machado.
Mediador: Stela Fischer
Local: SESC SANTOS

José Fernando Azevedo: dramaturgo e diretor do Teatro de Narradores, e professor e vice-diretor da Escola de Arte Dramática da USP. Doutor em Filosofia pelo Departamento de Filosofia da USP. Foi editor da Revista Camarim e tem artigos publicados, entre outros, nas revistas Reportagem e Vintém.

Lucienne Guedes: coordenadora e professora da Escola Livre de Teatro de Santo André, atriz fundadora do Teatro da Vertigem, com Antonio Araújo (atuou como atriz em Paraíso Perdido e como dramaturgista do espetáculo Apocalipse 1,11). Foi professora convidada do Depto. de Artes Cênicas ECA-USP em 2009 e 2010. Desenvolveu projeto de pesquisa de mestrado na ECA-USP, sob orientação de Silvia Fernandes, obtendo o título de mestre em 2011. Em 2012 iniciou o doutorado.

Vinícius Torres Machado: diretor teatral e pesquisador. Desenvolve trabalhos que exploram a linguagem da máscara e, atualmente, faz estudos sobre a obra de Samuel Beckett. Dirigiu os espetáculos A Porta e O Mais Simples Seria Não Começar…. Ministrou por alguns anos aulas no CAC/ECA/USP como professor conferencista. E é professor da ELT (Escola Livre de Teatro de Santo André).

Mediação:

Stela Fischer é atriz, diretora teatral e Mestre em Artes Cênicas pela UNICAMP. Autora do livro “Processo Colaborativo e Experiências de Companhias Teatrais Brasileiras” (Editora Hucitec, 2010). Atualmente é professora de História do Teatro do Instituto de Artes da UNESP, docente do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e do Centro de Formação do Ator Globe-SP. Em São Paulo, desenvolve atividades em teatro e performance com a sua Companhia Cênica Magna Mater.

15h - 100 + NEM MENOS (CIA NOZ DE TEATRO, DANÇA E ANIMAÇÃO). Mostra Infantil
Local: Teatro Municipal Braz Cubas

100 + Nem Menos, da Cia Noz de Teatro, Dança e Animação - foto de Vitor Vieira

“100 + Nem Menos” é a segunda montagem da Cia Noz de Teatro, Dança e Animação e fala sobre os primeiros contatos da criança com o mundo dos números e do desenho. A encenação não usa texto, e de uma técnica original de animação de objetos, linhas coloridas flutuam pelo ar formando algarismos, bonecos e figuras inspiradas no traço infantil, que surgem e desaparecem de forma inesperada. Com técnicas de teatro, dança e animação de objetos e bonecos, os esquetes reinventam brincadeiras folclóricas e temas do cancioneiro popular. Imagens, ora remetem à arte Naif, às garatujas infantis e aos quadros de Joan Miro e Paul Klee e ora brincam com conceitos primários da Matemática. Animação de objetos e bonecos, movimentação coreográfica e música ilustram essa brincadeira onde poucos diálogos são suficientes para o entendimento e a ação da cena conta mais do que a palavra.

Concepção e Direção: Anie Welter
Música: Dr Morris e Dani Maia
Cenários e Figurinos: Anie Welter
Iluminação: Marisa Bentivegna
Elenco: Cida Sena
Elvira Cardeal
Renata Andrade
Paulo Henrique Alves
Julio Mello
Confecção de Cenários e Figurinos: Cia Noz de Teatro, Dança e Animação
Produção: Anie Welter e Rafael Petri
Assistente de Produção: Cida Sena

19h - ZÉ JACUNÉ: Um homem azarado, porém com muita fé (CIA POPATAPATAIO). Mostra Paralela
Local: Teatro Guarany

A peça busca retratar a simplicidade de um Brasil sertanejo, marcado por sua religiosidade, repleto de signos de fé. Seu protagonista, Zé Jacuné, era um homem muito bem sucedido na sua região, um homem quase rico. Contudo, era desvalido de qualquer fé e acreditava somente na dura realidade de sua vida, sem considerar a existência de Deus. Foi que um dia sua galinha Rosemira sofreu de uma grave indisposição que o forçou a apelar para uma reputada benzedeira da região. Pela milagrosa salvação da galinha, seu Zé passou de ateu a fervoroso cristão, causando grande espanto pelas redondezas.

21h - AS TRÊS IRMÃS (TRAÇO CIA DE TEATRO). Mostra Adulto
Local: SESC SANTOS


As Três Irmãs, da Traço Cia de Teatro - foto de Nassau Souza

O espetáculo discorre sobre o desejo das irmãs Olga, Maria e Irina de retornarem à cidade natal, de onde saíram há onze anos com o pai, general militar. Ainda mais importante que o plano dos acontecimentos, porém, é a exposição dos conflitos que se estabelecem entre o plano da vida material – o cotidiano – e o plano espiritual – a eternidade. O espetáculo é fruto da pesquisa de mestrado, e aborda o clássico texto do dramaturgo russo Anton Tchékhov a partir da técnica do clown.

Fundada em 2001, a Traço Cia de Teatro tem a trajetória artística baseada no palhaço, cuja técnica configura-se como principal recurso pedagógico de formação, treinamento e criação. Junto a esta técnica, investigações sobre o teatro de rua e o teatro cômico popular colaboram à pesquisa cênica da companhia. Elas instrumentalizam seus artistas para a criação de um repertório pessoal, preparando-os para uma relação livre, direta e potencialmente transformadora para com o público. Site: www.tracoteatro.blogspot.com.

Ficha Técnica
Direção e Adaptação: Marianne Consentino
Elenco: Débora de Matos, Greice Miotello, Paula Bittencourt
Músicos: Cassiano Vedana, Gabriel Junqueira, Mariella Murgia
Concepção Musical: Cassiano Vedana, Gabriel Junqueira, Mariella Murgia, Neno Miranda
Concepção de Iluminação: Ivo Godois
Operação de Luz: Egon Seidler
Produção executiva: Harmônica Arte e Entretenimento
Classificação Etária: 12 anos

23h - VIBE TRIO. Com Joy Peniche. Quintal da Pagu - Praça dos Andradas

terça-feira, 17 de abril de 2012

Programação desta terça, dia 17

A programação completa está no www.festivalsantista.com.br.
Lembrando ainda que os espetáculos nos teatros é Pague Quanto Quiser - você escolhe o valor que deseja pagar. Se quiser, pode ser até de graça!
Confira também as Galerias do FESTA, no Teatro Municipal.


11h - PALESTRA TEATRO DE GRUPO NO PROCESSO COLABORATIVO: LATÃO, VERTIGEM, LUME E NÓS AQUI, OUTRA VEIS.
Palestrante: Stela Fischer.
Horário: 11h as 13h
Local: SESC SANTOS

Processos coletivos de criação cênica com enfoque na produção e organização em grupo tem-se afirmado como a dinâmica mais usual e representativo no atual cenário teatral brasileiro. Este encontro com a pesquisadora e diretora teatral Stela Fischer irá propor uma reflexão e mapeamento dos procedimentos criativos de companhias teatrais brasileiras em atividade, a fim de analisar a organização interna, atuação, direção, construção dramatúrgica e cênica em produções que consideram a cooperação e a coletividade como vetor principal da criação.
Palestrante: Stela Fischer é atriz, diretora teatral e Mestre em Artes Cênicas pela UNICAMP. Autora do livro “Processo Colaborativo e Experiências de Companhias Teatrais Brasileiras” (Editora Hucitec, 2010). Atualmente é professora de História do Teatro do Instituto de Artes da UNESP, docente do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e do Centro de Formação do Ator Globe-SP. Em São Paulo, desenvolve atividades em teatro e performance com a sua Companhia Cênica Magna Mater.

15h - CLARICE MATOU OS PEIXES (CIA DO ABRAÇÃO). Mostra Infantil.
Local: Teatro Municipal Braz Cubas.
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo.

Clarice Matou os Peixes
Cia do Abração
Curitiba (PR)

Clarice Matou os Peixes, da Cia do Abração - foto de Isabelle Neri

No palco, os personagens Clarão, Clarito e Esclarecida, três divertidos “clowns”, relacionam entre si quem seria o culpado pela morte de dois inocentes peixinhos. Na trajetória da trama, para defenderem-se da acusação, recontam a ligação afetiva que cada personagem teve com os seus animais de estimação. A peça Clarice Matou os Peixes levanta a questão da relação com os bichos de estimação e o grande tabu entre os espetáculos direcionados a crianças: como lidar com o sentimento da perda e com a morte. O desafio de levar à cena a dramaticidade e sensibilidade aliadas ao universo infantil proporciona ao público um espetáculo poético e único.

Direção: Letícia Guimarães
Assistente de Direção: Simão Cunha
Produção Executiva: Fabiana Ferreira
Dramaturgia: Criação Coletiva Sob a Supervisão de Letícia Guimarães
Coreografia: Fabiana Ferreira
Iluminação: Anry Aider
Cenografia: Blas Torres
Figurinos: Maureen Miranda
Adereços: Blas Torres e Guga Cidral
Sonoplastia, Composição e Direção Musical: Karla Izidro
Elenco: Blas Torres, Fabiana Ferreira e Simão Cunha

19h - CAFÉ? (CIA EFÊMERA). Mostra Paralela.
Local: Teatro Guarany.

No monólogo, uma mulher toma um café atrás do outro, num acordar que só cessa uma vez por semana. Ela só descansa da sua espera e da sua fala aos sábados. O arquétipo feminnio da espera se desdobra numa fala ininterrpta de uma mulher que aguarda um grupo de amigos para tomar café, e enquanto eles não chegam, conversa com a plateia contando várias histórias de sua vida.

Texto: Manuela Ramalho
Atriz: Tatiana Lenna
Diretor: André de Araújo
Assistente de Direção: João Paulo Bienemann
Montagem de Palco: André de Araújo
Montagem/Operação de Iluminação: Ronaldo Dimer
Operação de Sonoplastia: Ronaldo Dimer
Cenário/Figurino: Ronaldo Dimer
Contrarregra: João Paulo Bienemann


21h - O CANTO DE GREGÓRIO (MAGILUTH). Mostra Adulto.
Local: SESC SANTOS.
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo.

O Canto de Gregório
Grupo Magiluth
Recife (PE)

O Canto de Gregório, do grupo Magiluth

Tudo leva a crer que estamos dentro da cabeça de Gregório. A cabeça de Gregório e seus labirintos. A cabeça é toda branca por dentro, como há de ser o Nada que Gregório vai triscando, com método, na curva dramática do personagem sobre si mesmo. Quer ser asséptico e cristalino esse homem que chega, com sua “dúvida sistemática”, às últimas conseqüências do seu delírio.
Esse homem é Gregório, a um só tempo individual e arquetípico, a sustentar no corpo hesitante “A Morte de Deus”. Seu pretenso filosofar não pode lhe salvar. Seu ideal de compaixão não passa de uma estratégia narcísica para a obtenção do paraíso. Coitado de Gregório. É, de certo modo, um dos últimos e mais atormentados mártires da razão iluminista. Site: www.grupomagiluth.com.br

Direção: Pedro Vilela
Dramaturgia: Paulo Santoro
Iluminação: Pedro Vilela
Elenco: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres e Pedro Wagner
Direção de Arte: Guilherme Luigi, Cecília Pessoa e Renata Gamelo
Sonoplastia: Mohammed Thelma
Classificação Etária: 18 anos

23h - QUEM NÃO GOSTA DE SAMBA BOM SUJEITO NÃO É. (TRIO SAMBA DE RODA). Com Rafaela Laranja e Convidados. Quintal da Pagu.
Local: Praça dos Andradas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

FESTA 54 - programação de segunda, dia 16

A programação completa está no www.festivalsantista.com.br.
Lembrando ainda que os espetáculos nos teatros é Pague Quanto Quiser - você escolhe o valor que deseja pagar. Se quiser, pode ser até de graça!
Confira também as Galerias do FESTA, aqui e aqui.


16 DE ABRIL, segunda-feira


12h - A PEREIRA DA TIA MISÉRIA (NÚCLEO ÁS DE PAUS). Mostra de Rua
Local: Praça Mauá - Centro
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo
(peça adiada para este dia por conta da chuva de domingo)

A Pereira da Tia Miséria, do Núcleo Às de Paus - foto de Maurício Vieira


A Fome personificou-se em uma criança nascida da Miséria que todas as pessoas temem, separou-se de sua mãe e, desde então, percorre o mundo, trazendo o sofrimento a todos. O ser humano, naturalmente, conhece a Fome, porém é sempre preferível saciá-la e não pensar no que pode acontecer se ela chegar a seu ponto extremo. A Morte tão temida por todos, é naturalmente necessária para um mundo em que novas possibilidades não param de nascer. Tia Miséria, no dia em que deveria morrer, engana a Morte, que acaba ficando presa em sua árvore e, em um acordo feito diante do olhar de todos, decide viver, ingenuamente procurando pelo seu filho para, só então, deixarem este lugar que nunca os quis.

Direção: Núcleo Ás de Paus
Elenco: Bruna Stéphanie
Camila Feoli
Guilherme Kirchheim
Luan Valero
Rogério Costa
Thunay Tartari
Contra-regragem: Adalberto Pereira
Dramaturgia: Luan Valero
Concepção e Direção Musical: Eric D’Ávila
Cenografia: Rogério Costa e Alex Lima
Figurino e Confecção dos bonecos: Alex Lima
Costureira: Aparecida Fernandes
Professor de Flamenco: Luiz Renato Ferreira
Treinamento para animação: Daniella Pagnoncelli e Renata Santana
Confecção das unhas da Morte: Daniele Stegmann
Relicário do Mendigo/Santo: Santeria Objetos ou Jaqueline Almada
Design gráfico: Arthur C. Duarte


15h - A CENTOPÉIA JUDITE (CIA TEATRAL ARUEIRAS DO BRASIL). Mostra Infantil
Local: Teatro Guarany - Pça dos Andradas, 100
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo.

A Centopeia Judite - Cia Teatral Arueiras do Brasil

O texto conta a história de uma Centopeia que sonha todas as noites em crescer, descer da árvore onde mora e ajudar seu amigo duende na missão de alertar as pessoas sobre as queimadas o desmatamento das florestas e incorreto descarte de lixo. Mas, somente um mago poderá ajudá-la. Num universo saudável e divertido o texto convida a todos para refletir a partir do mundo mágico da criança sobre a preservação da vida, através da preservação do meio ambiente.

Texto: Delba Baraldi
Direção: Daniel Cuculo
Supervisão Geral: Edivaldo Costa
Elenco: Delba Baraldi e Daniel Meirelis
Técnica de Som: Arlete Ramello

17h - TOP! TOP! TOP! (IVO 60). Mostra de Rua
Local: Praça Mauá
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Top! Top! Top!, peça do grupo Ivo 60 - foto de Ana Dupas

Personagens do cartunista Henfil se encontram na história criada pelo grupo IVO 60. Graúna, Zeferino e Bode Orelana, moram na caatinga e estão em busca de um pouco d´água. Enquanto isso, no “sul maravilha”, os frades Baixim e Cumprido buscam respostas sobre a solidariedade humana: somos todos irmãos? Nos caminhos cruzados destas personagens, rumos e becos sem saída se revezam em direção à palavra esperança. O humor cáustico, a linguagem ágil e estilizada, a busca pela síntese dos elementos, a clareza do discurso, o enorme alcance e o diálogo com a realidade brasileira são características que o grupo busca afirmar ao adaptar Henfil para o teatro.

Direção: Pedro Granato
Elenco: Ana Flávia Chrispiniano, Bea­triz Cruz, Ernani Sanchez, Pedro Felício
Assistência de Direção: Danilo Caputo
Cenografia: 23°S Arquitetura
Direção Musical: Amilcar Farina
Figurino: Oficina 2+
Treinamento de Bufão: Daniela Carmona
Produção: Júlia Barnabé

21h - DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (CIA PROVISÓRIA). Mostra Adulto
Local: Teatro Municipal Brás Cubas - Av. Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Deus e o Diabo na Terra do Sol, da Cia Provisória

“Deus e o Diabo na Terra do Sol” é uma leitura teatral do filme homônimo de Glauber Rocha que, em 1964, mudou os rumos do cinema brasileiro. A história narra a saga de Manuel e Rosa, dois camponeses que levam a vida à mão de pilão, à enxada e aboios – tangendo, sempre, boiada alheia. A comida pouca, o trabalho pesado, a absoluta falta de facilidades são fatos rotineiros na vida desses dois. Manuel num gesto heróico / anti-heróico, tentando manter o que lhe resta de dignidade, torna-se o assassino do Coronel Morais – seu patrão, explorador e carrasco. Perseguido pelos homens de Morais (que já matara sua mãe), Manuel une-se a Rosa em um calvário em busca da salvação espiritual em detrimento de um corpo que sofre desde sempre. A partir desse momento, junto aos dois, começamos a presenciar a batalha travada entre poder e religião.

A Cia Provisória é um núcleo de pesquisa com foco no teatro musical brasileiro formado por alunos dos cursos das Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), que rompeu o campus da universidade, profissionalizando-se e levando às mais diversas plateias o resultado da primeira parte de sua pesquisa: a montagem do musical Calabar, o elogio da traição. Três anos depois da estreia de seu primeiro espetáculo, a Cia Provisória retoma suas pesquisas e leva aos palcos “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.

Ficha Técnica
Argumento: Glauber Rocha
Diálogos: Glauber Rocha e Paulo Gil Soares
Música: Glauber Rocha (letra) e Sérgio Ricardo (música)
Direção: Jefferson Almeida
Assistência de Direção: Tamires Nascimento
Direção Musical: Renato Frazão
Preparação Vocal: Laura Lagub
Cenário: Lia Farah e Rodrigo Norões
Figurinos e Adereços: Arlete Rua e Thaís Boulanger
Visagismo: Rodrigo Reinoso
Iluminação: Yuri David
Músicos: Renato Frazão e Nelson Almeida
Programação Visual: Eduardo Bastos
Produção: Jefferson Almeida e Tamires Nascimento
Elenco: Betho Guedes, Eduardo Bastos, Gugah Almeida, Henrique Juliano, Jefferson Almeida, João Novaes, Laura Lagub, Raí Valadão e Tamires Nascimento
Classificação Etária: 16 Anos

23h - BANDA SAX’ BASS OVER DUB. Com Boldrini e Maurício Fernandes. Quintal da Pagu.
Local: Praça dos Andradas

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FESTA 54 - Programação deste sábado e domingo, dias 14 e 15

14 DE ABRIL, sábado

11h - OFICINA
TEATRO DO OPRIMIDO: JOGOS PARA ATORES E NÃO ATORES.
Com Dodi Leal
Horário: 11h as 13h e das 15h às 18h
Local: SESC Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136 - Aparecida

O Teatro do Oprimido reúne um conjunto de jogos, técnicas e idéias desenvolvidas pelo teatrólogo Augusto Boal com o intuito de apoiar práticas políticas e ações educativas que visam compreensão das opressões vividas em sociedade : alternativas de solução são então cogitadas e ensaiadas por meio do teatro.
O objetivo desta oficina é possibilitar um contato inicial com a prática e a teoria do Teatro do Oprimido. A dinâmica é baseada na vivência de jogos teatrais, experimentação de técnicas específicas do TO e discussões sobre o seu desenvolvimento pelo mundo e no Brasil.

Programa
Exercícios e jogos teatrais - em cinco categorias.
Técnicas do Teatro do Oprimido - teatro fórum e teatro imagem.
Panorama histórico do Teatro do Oprimido.
Formador: Dodi Leal é licenciando em Artes Cênicas pela USP. Técnico em interpretação teatral pelo Teatro Escola Macunaíma. Realizou pesquisa de mestrado sobre o Teatro do Oprimido (FEA/USP). Foi aluno de Augusto Boal no CTO-RJ. Foi coordenador dos grupos de Teatro do Oprimido Metaxis, GTO-Montréal e GTO-Saguenay. Tendo ministrado oficinas em: Baccaléureat d’enseignement des arts (UQAC, Canadá); Cours de formation technique en travail social (Cegèp de Jonquière, Canadá); Prisões nacional e regional de San Salvador de Jujuy (Argentina); Grupos Impacta e Anitne (Espanha), dentre outros países. Tem difundido o estudo e aprofundamento acerca do tema do Teatro do Oprimido em suas vertentes sociais, em universidades no Brasil e exterior e em oficinas de formação.
Público:
Gente de teatro, arte-educadores e interessados em geral.

19h - DOÍDAS (CIA ILUSTRADA). Mostra Paralela
Local: Teatro Guarany - Praça dos Andradas, 100 - Centro

Duas pessoas, que foram “jogadas” no navio dos loucos, conseguiram escapar ao naufrágio da embarcação, e estão há muito tempo, em busca de comida e “calor” numa cidade desconhecida.
A ação se dá em mais um dia em que elas lutam pela sobrevivência, ao mesmo tempo em que vão se degenerando e revelando seus segredos mais íntimos e seus desejos mais secretos.

Dramaturgia: Junior Siqueira
Direção de Arte: Adriani Simões
Figurinos: Adriani Simões
Adereços: Adriani Simões
Preparação de atores: Alexandre Lindo
Assessoria de linguagem (Bufão): Sofia Papo
Assessoria de pesquisa: Profª Drª Daniela Auad
Produção: Adriani Simões e Junior Siqueira
Direção: Junior Siqueira
Assistente de direção: Alexandre Lindo
Fotos: Rodrigo Munhoz
Elenco: Junior Siqueira, Vanessa Gutz

21h - AS DESGRAÇADAS (CIA AURORAS). Mostra Adulto
Local: SESC SANTOS
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

As Desgraçadas - Cia Auroras

Graça é uma babá tão devota ao trabalho que chega ao extremo de confundir-se com a própria patroa, D. Carmen, uma mãe de família que acaba de ser abandonada pelo marido depois de descobrir, por meio de uma carta anônima, que ele tinha um caso com uma mulher mais jovem. Lurdes é uma doméstica insatisfeita com seu trabalho, mas que assume com prazer o papel da opressora quando descobre que Graça é a autora da carta anônima que acabou com o casamento da patroa, e ameaça denunciá-la caso a babá não faça todo o serviço da casa por ela. A peça é livremente inspirada na obra “As Criadas”, do dramaturgo marginal francês Jean Genet, e integra diferentes linguagens da cena contemporânea, como as artes cênicas e as artes plásticas.

A Cia. Auroras foi fundada em 2003 por Beatriz Morelli e Giu Rocha, na faculdade de Comunicação das Artes do Corpo (PUC-SP), com o intuito de dar continuidade à pesquisa teatral sobre o tema Eros e Thanatos, desenvolvida no trabalho de conclusão do curso “A Obra Completa de Nelson Rodrigues”, sob coordenação e direção de Zé Rubens Siqueira. Desde então, a Cia. Auroras promove um espaço de livre experimentação e pesquisa, composta por jovens artistas independentes de diferentes áreas. Internet: www.ciaaurorasoficial.blogspot.com.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Felipe Sant’Angelo
Direção: Beatriz Morelli
Produção Executiva: Giu Rocha e Beatriz Morelli
Produção: Cia Auroras
Intérpretes: Giu Rocha, Mariana Leme e Rita Batata
Cenografia, Iluminação e Fotos: Ding Musa
Cenotécnico: Petro Terra
Operação de Luz: Luz Lopez
Trilha Sonora Original: Bill Saramiolo
Figurino: Mira Andrade
Assistente de Figurino: Rita Batata
Preparação Vocal: Pedro Granato
Arte Gráfica: Sato_casadalapa
Transporte e Montagem: Bygdin
Classificação Etária: 16 anos

22h30 - IN SÃ: O UNIVERSO DO ROSÁRIO EM NÓS (UP3). Mostra Paralela Adulto.
Local: Teatro Aberto - Praça dos Andradas, 102 - Centro

Um homem. Uma missão: Reconstruir o mundo. Ele via anjos... Estava louco? Quando estava lúcido? Trancado em seu mundo, apenas com sua missão, buscava seu pouco de possível. No lugar de uma explicação oferece sua experiência pulsante do mundo, experiência concreta, em movimento, tão mais viva quanto inacabada.

Direção e Atuação: Evandro Nunes
Dramaturgia e Contra-regragem: Anderson Feliciano
Operação de Luz: Valber Palmeira
Classificação Etária: 12 anos

15 DE ABRIL, domingo
11h - MESA-REDONDA E DIÁLOGOS HISTÓRICOS: O TEATRO SANTISTA ONTEM E HOJE
Com Miriam Vieira, Caio Martinez Pacheco e Lizette Negreiros
Mediação: Fabíola Nascimento
Horário: 11h às 13h
Local: SESC Santos


A mesa apresenta um panorama da cena teatral santista de meados do século XX até os tempos atuais, a partir de um olhar centrado nas atividades de grupos teatrais de expressão no cenário local. A proposta é buscar uma reflexão sobre as semelhanças e diferenças entre as relações da cena teatral santista com a sociedade local e o papel político-social do movimento teatral Santista ao longo dos últimos 40 anos.
Mediação: Fabíola Nascimento: é atriz e estudante de Artes Cênicas da ECA/USP. Iniciou a carreira no movimento teatral de Santos - SP e passou por grupos como Cia. Teatral Cenicomania, Teatro Experimental de Pesquisas e Teatro do Pé. Trabalhou com diretores como Gilson de Melo Barros, Neyde Veneziano, Mateus Faconti e Platão Capurro Filho. Atualmente, é diretora assistente do espetáculo "Farrandança" e orientadora estagiária no Projeto Ademar Guerra.

14h - RUA DO LAZER - PROGRAMAÇÃO PARA CRIANÇAS COM A TRUPE TRALHA MÉDICA
Local: Praça dos Andradas

16h - CADA QUAL NO SEU BARRIL (CIA DA REVISTA). Mostra Infantil
Local: Teatro Guarany
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Cada Qual no seu Barril, da Cia da Revista - foto de Alvaro Barcellos

Inspirado nos famosos personagens de desenhos animados e utilizando o teatro físico como linguagem, a peça conta a história de Igor e Vladimir, dois náufragos em uma ilha deserta tendo que dividir um mesmo espaço. A intransigência faz essa relação virar uma divertida batalha de egos, com um final inesperado.

Elenco, concepção e dramaturgia corporal: Bruna Longo e Daniela Flor
Direção, Figurinos e Iluminação: Kleber Montanheiro
Assistência de Direção: Luiza Torres
Criação e confecção de objetos cênicos: Ricardo Costa, Beatriz Nogueira e Adriana Michalski
Realização: Cia. da Revista
Censura: livre

17h30 - A PEREIRA DA TIA MISÉRIA (NÚCLEO ÁS DE PAUS). Mostra de Rua
Local: Parque Roberto M. Santini (Emissário Submarino)
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

A Pereira da Tia Miséria, do Núcleo Às de Paus - foto de Maurício Vieira

A Fome personificou-se em uma criança nascida da Miséria que todas as pessoas temem, separou-se de sua mãe e, desde então, percorre o mundo, trazendo o sofrimento a todos. O ser humano, naturalmente, conhece a Fome, porém é sempre preferível saciá-la e não pensar no que pode acontecer se ela chegar a seu ponto extremo. A Morte tão temida por todos, é naturalmente necessária para um mundo em que novas possibilidades não param de nascer. Tia Miséria, no dia em que deveria morrer, engana a Morte, que acaba ficando presa em sua árvore e, em um acordo feito diante do olhar de todos, decide viver, ingenuamente procurando pelo seu filho para, só então, deixarem este lugar que nunca os quis.

Direção: Núcleo Ás de Paus
Elenco: Bruna Stéphanie
Camila Feoli
Guilherme Kirchheim
Luan Valero
Rogério Costa
Thunay Tartari
Contra-regragem: Adalberto Pereira
Dramaturgia: Luan Valero
Concepção e Direção Musical: Eric D’Ávila
Cenografia: Rogério Costa e Alex Lima
Figurino e Confecção dos bonecos: Alex Lima
Costureira: Aparecida Fernandes
Professor de Flamenco: Luiz Renato Ferreira
Treinamento para animação: Daniella Pagnoncelli e Renata Santana
Confecção das unhas da Morte: Daniele Stegmann
Relicário do Mendigo/Santo: Santeria Objetos ou Jaqueline Almada
Design gráfico: Arthur C. Duarte

20h - RECLAME – UMA HISTÓRIA DE AMOR (CIA TEATRAL CENICOMANIA). Mostra Adulto
Local: Museu da Imagem e do Som de Santos (MISS) - Av. Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

Reclame - Uma História de Amor, da Cia Teatral Cenicomania

Quem não se lembra de uma daquelas “musiquinhas” que tocavam no rádio ou na TV para anunciar um produto? Os famosos jingles fazem parte da vida de muitas pessoas e marcaram épocas. Reclame – uma história de amor retrata as várias gerações e os mais representativos contextos, representados pela criação genial da propaganda brasileira. Ambientada entre as décadas de 30 e 90, a peça conta a trajetória de Lourdes, Rodolfo e Janete, que, motivados pelos meios de comunicação e, principalmente, por jingles de reclames comerciais, formam um triângulo amoroso, no qual as alegrias e as decepções de natureza humana são destacadas por eles.

Uma das companhias de maior expressão de teatro amador da Baixada Santista, a Companhia Cenicomania originou-se do Projeto Escola Padrão, do Governo do Estado de São Paulo, em 1993, na EESG “Prof. Primo Ferreira” (Santos). Desenvolveu em 1995 o infantil “Travessuras no Mundo da Imaginação”. Em 1996 a companhia estréia sua maior produção, a comédia “O Inspetor Geral” de Nicolai Gogol. Em 1998 traz ao público seu espetáculo de maior sucesso, baseado na obra de Monteiro Lobato “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, o infantil “Real Ilusão, que conquistou 17 prêmios em três festivais de teatro. Com o espetáculo “O Golpe”, a companhia vem firmar a seriedade nos seus trabalhos e o seu compromisso com inovação e pesquisa no Movimento Teatral Santista, sendo reconhecido e premiado nos principais festivais de teatro do estado de São Paulo. Em 2005 vem ao palco com o espetáculo infantil “A Lei e o Rei”. Em 2009, a Cia traz a montagem do espetáculo “Minha Nossa, Soffredini! – 70 anos”, em homenagem ao escritor santista Carlos Alberto Soffredini. Site: www.cenicomania.com.br/blog.

Ficha Técnica
Elenco: Fabio Prado, Emanuella Alves, Roberto Santos, Sérgio Manoel, Guilherme Silva, Cristina Ribas, Cristina Moda, Rinaldo Sant´Anna, Marcio Dias
Texto: Sergio Manoel
Direção: Miriam Vieira
Direção Musical: Nailse Machado
Assistente de Direção: Fabio Prado
Cenografia: Bruno Figueiredo
Iluminação: André Leahun/ Alessandro Cruz/ Arthur
Figurino: Anderson De Oliveira
Maquiagem: Renata Carvalho
Preparação Corporal: Claudia Alonso
Sonoplastia: Leandro Rodrigues
Programação Visual: André Reis
Produção: Fabio Prado / Miriam Vieira / Alex Soares
Classificação Etária: Livre

22h - BICHO CABEÇA (GRUPO BOCA). Mostra Paralela Adulto
Local: Teatro Guarany

A história se passa com João Carlos (JC), um adolescente que está descobrindo sua sexualidade. JC certo dia depara-se conversando com seu PÊNIS (Cobra), com quem discute os conflitos e ânsias desta descoberta.

O Grupo Boca Produções Artísticas surge inicialmente como uma companhia teatral em 1999, através de seu fundador Ricardo Guarel, promovendo espetáculos que trabalham o lado social do ser humano, levando o espectador a refletir sobre o que está vendo. Desde o início, seus espetáculos foram levados para públicos jovens, na maioria estudantes, com o intuito não apenas de divertir, e sim como um instrumento pedagógico para a Escola.

23h - SARAU POÉTICO: POEMAS DE BERTOLT BRECHT, HEINER MULLER, OSWALD DE ANDRADE E MAIAKOSVKI
Local: Praça dos Andradas

Uma ode ao Teatro Político! Leituras de poemas desde autores por parte dos participantes da atividade. Os participantes da atividade lerão poemas sorteados na hora Após cada poema, um rápido bate-papo sobre o conteúdo sócio-político da poesia será desenvolvido. Um estímulo a leitura, interpretação de texto e à escrita de caráter crítico social.

Começa hoje o FESTA 54 - Arte, Política e Pensamento

Tem início hoje, a partir das 20 horas, a maratona teatral do FESTA 54 - Festival Santista de Teatro! A abertura é no Teatro Municipal Braz Cubas (Av. Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias), e a solenidade contará com apresentação de Betinho Neto e Renata Carvalho.

Em seguida, às 21 horas, tem a apresentação da peça "Ridículos Ainda e Sempre", dos Parlapatões, que integra a Mostra Adulto do festival. O espetáculo marca os 20 anos do grupo paulistano, surge a partir de texto do poeta russo surrealista Daniil Kharms, com tradução de Tatiana Belinky e adaptação de Antonio Abujamra e Hugo Possolo. Após o espetáculo haverá debate com o grupo.

Ridículos Ainda e Sempre - Parlapatões - foto de Luiz Doroneto

No palco, cinco pessoas totalmente ridículas, como qualquer ser humano, vivem situações aparentemente desconexas entre si. O que dará sentido a todas é a ideia de descoberta. De encontros amorosos a discussões sobre política, de disputas esportivas ao momento de uma refeição, tudo tem uma ligação. Porém, cada uma das situações contém algo inusitado que os desprende da realidade. Ridículos Ainda e Sempre permite aos Parlapatões retomem elementos do início do grupo, como o espírito de cabaré de Karl Valentin, o cômico que influenciou Brecht. Assim buscam o sentido lírico naquilo que o palhaço tem de mais importante, que é fazer o público rir.


A partir das 23 horas, o público vai ser convidado a comparecer no Quintal da Pagu, espaço na Praça dos Andradas onde haverá festas toda noite. Hoje, Danilo Nunes e Simone Ancelmo apresentam o show Lírico, Popular e Bandido, em homenagem ao artista Zéllus Machado, falecido este ano. A homenagem tem participação também das atrizes Gigi Fernandes e Juliana Bordalo.

É isso aí pessoal, o FESTA tá só começando!

Lembrando que todas as peças do FESTA são Pague Quanto Quiser: o público escolhe o valor que vai pagar pelo espetáculo. Pode até ser de graça!

O FESTA é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros a Prefeitura de Santos, Governo do Estado e Sesc-Santos.

A programação completa pode ser conferida no www.festivalsantista.com.br.

Veja a galeria de fotos das peças e exposições no nosso flickr.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Exposições fotográficas exaltam a arte e seus artistas

Na área de fotografia, são duas exposições, também no foyer do Teatro Municipal Braz Cubas. Uma delas é de Adilson Félix, homenageando o artista Zéllus Machado, falecido este ano. Ator, cantor, músico, escritor, menestrel, animador, contador de histórias, militante político e ambientalista, Zéllus foi um dos mais atuantes artistas da Baixada Santista, nos últimos anos.

Zéllus Machado, por Adílson Félix

"Retrato Cênico" é o nome da outra exposição fotográfica que será exibida durante o FESTA 54. Este trabalho é a continuação do TCC apresentado em 2011 na Universidade Santa Cecília (Unisanta), por Mariane Rodrigues e Rodney Cardoso, que constou em um livro com fotografias da última edição do festival.

'Retrato Cênico' surgiu como TCC do curso de Jornalismo

foto: Rodney Cardoso

Segundo a jornalista Mariane Rodrigues, coordenadora de Fotografia do FESTA 54 e idealizadora da exposição, o intuito é de transportar as lembranças da edição passada do festival para este ano, e assim ajudar a preservar a memória do FESTA para os artistas da edição atual. A exposição contará com 22 fotografias dos espetáculos que participaram da edição anterior do FESTA.

O Festival Santista de Teatro é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros o Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de Santos e Sesc Santos. A programação completa pode ser vista no www.festivalsantista.com.br.

Escultor quer provocar reações no FESTA 54

Exposição “Solo Fértil”, de Márcio Garrido, trará cerca de 300 falos ao Festival Santista de Teatro. Questionamento move o artista, que é portuário

Há uma curiosidade que move o portuário Márcio Garrido: qual será a reação do público ao se deparar com uma porção de falos, de diferentes formatos e tamanhos? É isso o que ele pretender verificar durante o FESTA 54 – Festival Santista de Teatro, que acontece entre 13 e 21 de abril, em Santos (SP).



Garrido traz a exposição “Solo Fértil”, composta por cerca de 300 falos entalhados em madeira. A obra estará exposta no foyer do Teatro Municipal Braz Cubas, na Vila Mathias, em Santos, e faz parte das Galerias do FESTA, que pretende trazer ao público artistas locais que ainda são pouco conhecidos.
Trabalhador do porto, Márcio Garrido conta que desde pequeno teve habilidade com arte. Nos anos 1970, conheceu um grupo de artistas, no qual havia um escultor, com quem aprendeu a entalhar em madeira. Desde então passou a praticar a técnica, por hobby. Nos últimos anos passou a criar máscaras, chegando a expor em alguns locais, como a Faculdade de Belas Artes, em São Paulo.
A história dos falos começou como uma brincadeira, há cerca de cinco anos. “Eu comecei a fazer socadores de caipirinha em formato de falo, oferecendo para amigos. A coisa pegou, e os amigos começaram a comprar, achavam curioso, engraçado”, lembra.
A brincadeira começou a ser levada a sério, e a partir dessa curiosidade das pessoas, Garrido passou a pesquisar sobre a simbologia do falo. “É uma representação do fértil, de algo que dá origem à vida, que podemos ver em várias culturas. Desde o paleolítico desenhavam o homem com um falo enorme. No candomblé, o instrumento do exu é um falo. No Tibete, usam o falo para espantar os maus espíritos. No Japão, é um símbolo da fertilidade. Aqui, por exemplo, embora não reconheçam, tem uma representação muito grande na maçonaria, porque aqueles obeliscos nada mais são do que um falo, que é o falo de Osíris. Freud também tem uma ligação muito forte”, diz Garrido. O escultor lembra ainda o viés machista dado ao falo, visto bastante como sinônimo de poder. “Até em brinquedos vemos esse fascínio, como naquele boneco de padre, que você puxa a cordinha e aparece um falo enorme”, acrescenta.


Com essas pesquisas veio a ideia de povoar um jardim de falos. “Já que ele é o que fertiliza a terra, pensei em fazer isso. Procurei na internet, em literatura, se algum artista já fez isso, mas não achei nada”, afirma ele, que pretende povoar um jardim com 365 falos, um para cada dia do ano, completando um ciclo. “Se eu não tivesse vendido nenhum, já tinha completado. Minha intenção era fazer 2012, mas é muito falo”, brinca.
O material utilizado é madeira de goiabeira, e essa parte tem um caráter ambientalista, já que Garrido faz questão de coletar os pedaços que se desprendem da árvore – não corta dela, nem compra.

Arte, Política e Pensamento
O tema do FESTA 54, Arte, Política e Pensamento, também possui forte relação com a vida de Garrido. Pai e tios foram portuários, e ele se recorda de uma reunião no Sindicato da Administração Portuária em que seu pai foi preso pela guarda marítima, junto com outros sindicalistas que se reuniam no local, nos anos 1960.
Sua militância política começou no Escolástica Rosa, elegendo-se para o Centro Cívico da escola (cuja chapa inscrita se chamava Chapa Vermelha), onde no final da década de 1970 ajudou a puxar o movimento pela Anistia. A partir dali, ele e outros amigos passaram a frequentar reuniões do MDB, em seguida filiando-se ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde militou até cerca de dez anos atrás.
Sobre as expectativas para a exposição, Garrido tem a impressão de que o púbico vai aprovar. “A um primeiro momento, os falos vão chocar as pessoas, mas depois o público vai gostar”, diz.

Espaço a artistas locais
Como lembra o responsável pelas Galerias do FESTA, Carlos Bellini, o festival assume o compromisso de abrir espaço para os artistas santistas que não têm grande projeção na cidade. “São pessoas com obras de qualidade, mas que ainda são pouco conhecidos perante o público”, diz Bellini.
Também faz parte das Galerias do festival uma exposição de obras de José Carlos Amorim Neto. Artista visual e poeta, formado pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, vem desenvolvendo e expondo seus trabalhos regularmente desde a década de 1990, tanto no estado de São Paulo como em outros, tendo sido premiado em diversas oportunidades.


 


Sua produção nas artes visuais abrange tanto o abstrato quanto o figurativo, além da poesia, outra forma de expressão por ele explorada. Tanto nas artes visuais como na poesia sua temática transita entre o bucólico, o romântico e em certas fases na arte engajada, usada como forma de alerta e protesto.

O Festival Santista de Teatro é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros o Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Santos e Sesc Santos. A programação completa pode ser vista no www.festivalsantista.com.br.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Parlapatões abrem FESTA 54

Grupo paulistano traz a Santos a comédia “Ridículos Ainda e Sempre”, na abertura do do Festival Santista de Teatro, que começa na próxima sexta-feira, dia 13 de abril. Programação conta com dez dias de intensa atividade cultural

O espetáculo “Ridículos Ainda e Sempre”, dos Parlapatões, vai marcar a abertura oficial do FESTA 54 - Festival Santista de Teatro, na noite da próxima sexta, dia 13 de abril. O festival, considerado o mais antigo do gênero em atividade no País, prevê uma série de atividades durante os dez dias em que ocorre. Além das peças de teatro, debates, mesas-redondas, atividades formativas, exposições artísticas e apresentações culturais fazem parte da programação.

Peça "Ridículos Ainda e Sempre", dos Parlapatões, abre o FESTA 54
(foto Luiz Doroneto)

Com trabalhos voltados para a comédia, os Parlapatões existem desde 1991, e estão entre os grupos teatrais mais reconhecidos do teatro nacional, passando ainda pelos principais festivais internacionais realizados no País. A peça “Ridículos Ainda e Sempre” é uma adaptação de Antonio Abujamra e Hugo Possolo do texto do poeta russo surrealista Daniil Kharms, com tradução de Tatiana Belinky.
A solenidade de abertura oficial do FESTA será a partir das 20 horas, no Teatro Municipal Braz Cubas. Após a apresentação do espetáculo, haverá debate com o grupo sobre a peça, iniciativa que acontecerá em todas as apresentações das mostras oficiais do festival (Adulto, Infantil e de Rua). Em seguida, a partir das 23 horas, na Praça dos Andradas, tem início o Quintal da Pagu, com o show “Lírico, Popular e Bandido” em memória a Zéllus Machado, artista local falecido este ano, que será homenageado na noite pelos cantores Danilo Nunes e Simone Ancelmo. O Quintal da Pagu é um espaço de confraternização entre artistas e público, e contará com festas temáticas durante todos os dias do FESTA.
Assim como no ano passado, é o público quem decide quanto vai pagar pela entrada nos espetáculos: é a campanha Pague Quanto Quiser, que visa incentivar a formação de público, sem deixar de valorizar os espetáculos. Nela, o público pode escolher pagar de R$ 2 a até R$ 10 por um ingresso.
O festival deste ano tem como tema “Arte, Política e Pensamento”, e isso foi levado em consideração como critério de seleção pelos curadores do festival. Entre os espetáculos inscritos (propostas foram enviadas de todas as regiões o País), foram selecionados os grupos e peças que pudessem trazer mais elementos para uma discussão sobre a função da arte e da pesquisa na sociedade.

Fórum do Interior
Ainda relacionado ao tema do festival, acontece nos dias 21 e 22 de abril o 4º Fórum do Interior: Artes e Políticas Públicas. O encontro deve reunir artistas de todo o estado de São Paulo na discussão sobre a atual política cultural em relação à formação, pesquisa, produção e difusão cultural, além de apontar alternativas que garantam a continuidade e permanência do artista em sua região. O último Fórum do Interior foi em Hortolândia, em dezembro do último ano.
A programação completa do FESTA 54 pode ser acessada a partir desta segunda-feira, no www.festivalsantista.com.br, ou pelas redes sociais.

FESTA
Criado por Pagu em 1958, o FESTA é considerado o festival de teatro mais antigo em atividade no Brasil. Em 2011 foi agraciado pelo Ministério da Cultura com a Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida a personalidades, grupos artísticos, instituições e iniciativas que mais contribuem para o cenário cultural brasileiro.
O FESTA 54 - Festival Santista de Teatro é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Santos e Sesc Santos.


Abertura do FESTA 54 - Festival Santista de Teatro

20h: Solenidade de abertura

21h: Mostra Adulto: “Ridículos Ainda e Sempre” - Parlapatões
Local: Teatro Municipal Braz Cubas - Av. Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias
*Após o espetáculo haverá debate com o grupo

23h: Homenagem a Zéllus Machado
Show Lírico, Popular e Bandido. Com Danilo Nunes e Simone Ancelmo
Local: Quintal da Pagu - Pça dos Andradas - Centro

Programação do FESTA a partir de segunda-feira, dia 09, no www.festivalsantista.com.br.


Ridículos Ainda e Sempre
Parlapatões
São Paulo (SP)

O espetáculo surge a partir de texto do poeta russo surrealista Daniil Kharms, com tradução de Tatiana Belinky e adaptação de Antonio Abujamra e Hugo Possolo. No palco, cinco pessoas totalmente ridículas, como qualquer ser humano, vivem situações aparentemente desconexas entre si. O que dará sentido a todas é a ideia de descoberta. De encontros amorosos a discussões sobre política, de disputas esportivas ao momento de uma refeição, tudo tem uma ligação. Porém, cada uma das situações contém algo inusitado que os desprende da realidade. Ridículos Ainda e Sempre permite aos Parlapatões retomem elementos do início do grupo, como o espírito de cabaré de Karl Valentin, o cômico que influenciou Brecht. Assim buscam o sentido lírico naquilo que o palhaço tem de mais importante, que é fazer o público rir.

Desde 1991 os Parlapatões trabalham voltados para a comédia, desenvolvendo uma dramaturgia própria, utilizando técnicas circenses e recursos do teatro de rua. Seus espetáculos circularam em diversas capitais do país e também com apresentações em outros países. Destacaram-se nos principais festivais internacionais realizados no Brasil: FIAC, em São Paulo; FTC, de Curitiba; FILO, de Londrina; FIT, de Belo Horizonte e Porto Alegre em Cena. Em 2006, iniciaram as atividades do Espaço Parlapatões, no centro de São Paulo. O Espaço Parlapatões abriga produções do grupo e de outros grupos e se tornou palco da inovadora cena teatral contemporânea. Em 2011, o grupo comemora seus 20 anos com a estreia de Ridículos Ainda e Sempre, de Daniil Kharms. Atualmente, os Parlapatões atuam e produzem diversos espetáculos, apresentando seu repertório, circulando por todo o país, mantendo o Espaço.

Ficha Técnica
Texto: Daniil Kharms
Tradução: Tatiana Belinky
Adaptação: Antonio Abujamra e Hugo Possolo
Direção: Hugo Possolo
Elenco: Hugo Possolo, Raul Barretto, Jaqueline Obrigon, Abhiyana e Hélio Pottes
Trilha Sonora: André Abujamra
Cenário e Figurino: Hugo Possolo
Assistência de Figurinos: Silvana Ivaldi
Pintura Cênica: Werner Schulz
Iluminação: Reynaldo Thomaz e Hugo Possolo
Objetos de Cena: Inês SakayF, Armando Júnior e Juciê Batista
Pesquisa de Imagens e Pintura de Cenário: Werner Schulz
Operação de Som: Arthur Karbstein
Operação de Luz: Reynaldo Thomaz
Costureiras (Figurino): Alice Correa e Cleide Niwa
Costureira (Cenário): Leci de Andrade
Fotos: Luiz Doroneto
Programação Visual: Werner Schulz
Produção Executiva: Cristiani Zonzini e Vivan Dozono
Classificação Etária: 14 Anos


Se apresentam nas mostras oficiais do FESTA 54:

Mostra Adulto:
"As Desgraçadas" - Cia Auroras - São Paulo (SP)
"Reclame – Uma História de Amor" - Cia Teatral Cenicomania - Santos (SP)
"Deus e o Diabo na Terra do Sol" - Cia Provisória - Rio de Janeiro (RJ)
"O Canto de Gregório" - Grupo Magiluth - Recife (PE)
"As Três Irmãs" - Traço Cia de Teatro - Florianópolis (SC)
"O Ovo e a Galinha" - Teatro do Desconhecido - São Paulo (SP)

Mostra Infantil:
"Cada qual no seu Barril" - Cia da Revista - São Paulo (SP)
"A Centopeia Judite" - Cia Arueiras do Brasil - Praia Grande (SP)
"Clarice Matou os Peixes" - Cia do Abração - Curitiba (PR)
"Sem mais nem Menos - Cia Noz de Teatro e Dança - São Paulo (SP)
"O Pato, a Morte e a Tulipa" - Cia de Feitos - São Paulo (SP)

Mostra de Rua:
"A Pereira da Tia Miséria" - Núcleo Ás de Paus - Londrina (PR)
"Top! Top! Top! - Ivo 60 - São Paulo (SP)
"Helena Pede Perdão e é Esbofeteada" - Tablado de Arruar - São Paulo (SP)
"Futebol, nossa Paixão: PraFalar sobre Política, Futebol e Religião" - Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela - Porto Alegre (RS)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Santos sedia 4º Fórum do Interior

Dentro do Festival Santista de Teatro, a cidade será palco de discussões sobre o fomento à cultura fora da capital paulista, no 4º Fórum do Interior: Artes e Políticas Públicas

O festival de teatro mais antigo em atividade no País sediará um dos mais importantes fóruns de discussão sobre fomento à cultura no estado de São Paulo. Trata-se do 4º Fórum do Interior: Artes e Políticas Públicas, que será realizado em Santos nos dias 21 e 22 de abril, dentro da programação do FESTA 54 - Festival Santista de Teatro, que neste ano tem como tema “Arte, Política e Pensamento”.

O último encontro do Fórum havia sido em Hortolândia, em dezembro do ano passado, e teve como objetivo debater ideias sobre a atual política cultural do estado em relação à formação, pesquisa, produção e difusão cultural, além de apontar alternativas que garantam a continuidade e permanência do artista em sua região.

Na Carta Aberta redigida em Hortolândia, assinada pelos 63 grupos artísticos participantes do encontro, é ressaltada a importância de se evitar o êxodo involuntário dos artistas de suas regiões, e constatado que os avanços e conquistas na produção artística fora da capital não vêm encontrando respaldo nas políticas públicas do estado de São Paulo. Os artistas consideram a necessidade de uma reformulação das ações para essas regiões, que garantam o acesso “verdadeiramente democrático e amplo a programas e verbas públicas estaduais voltadas à formação, produção, circulação e fomento artísticos”.

Entre as reivindicações dos artistas estão a publicação de editais específicos para o interior, litoral e Grande São Paulo; pelo menos 1/3 do orçamento dos editais ProAC para essas regiões; além de reformulação de programas como Mapa Cultural Paulista, Virada Cultural, Circuito Cultural, Oficinas Culturais Regionais e Projeto Ademar Guerra.

Os artistas reunidos no 3º Fórum também pedem a reformulação das ações de formação e capacitação, em três eixos: formação do artista, formação de público e formação do artista gestor e artista produtor. No documento, também foi repudiada a terceirização de programas públicos para entidades não governamentais.

O FESTA 54 - Festival Santista de Teatro é realizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista e Associação dos Artistas, e tem como parceiros Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Santos e Sesc Santos. Além das mostras, nas categorias Adulto, Infantil e de Rua, a programação do festival inclui mesas-redondas, debates, atividades formativas, exposições artísticas e intervenções culturais. Mais informações pelo www.festivalsantista.com.br.

GT Comunicação/FESTA 54